sexta-feira, 28 de outubro de 2011

E se nascer um cachorro?




Dinho trançava pra lá e pra cá, inquieto desde que mamãe anunciou que ele teria mais um irmãozinho...

Agitado, subia nos sofás, descia da cama, às vezes falava demais, às vezes calava demais.

Muito interessante, quando estava nervoso, arrumava suas gavetinhas.
Colocava em ordem as cuequinhas as meias, as camisas.
A mãe observava preocupada com o que estaria se passando na cabeça do filho, pois, afinal, arrumar as suas coisas e pertences não era um comportamento nele, até então, habitual. Pelo contrário, ela tinha sempre que insistir pra ele colocar ordem em seus brinquedos deixados jogados no chão, ocupando a casa como se a casa fosse um mundo só dele.

Definitivamente, a notícia de um irmão que viria estava perturbando o menininho.

Até que um dia, desconfiado, ele lança de súbito a grande pergunta:

- E se, ao invés de um nenê, nascer um cachorro?

A mãe sorriu e perguntou:

-Como você acha que seria se fosse um cachorro?

-Ah... Ele me obedeceria, eu poderia brincar com ele, levá-lo a passear e não iria ser chato!

Com certeza, não ia ser chato! Nem iria ameaçar o reinado, até agora único, do esperto menininho de 3 anos!