sábado, 31 de março de 2012

ERA UMA VEZ....A FÁBULA DA CRIANÇA LÓGICA



Uma professora ensinava com muita seriedade e, por que não dizer, convicção, às suas crianças, o que era uma "fábula".
Fábula seria uma história cujos personagens eram, em geral, animais, e que, traziam no seu conteúdo, ensinamentos dos quais os "seres humanos" poderiam se beneficiar, se prestassem atenção.
 Havia  um certo moralismo, certamente, pois, ao final, havia sempre um "ditado" ou uma "moral da história".
 Pois bem. Contadas várias fábulas, que as crianças adoravam, a professora resolve verificar o aproveitamento dos alunos e, com certeza, o seu desempenho de mestra.
Chegou o dia do exame e ela formula sua prova.
 Para os alunos "completarem" a frase ela escreve:
- Uma fábula, em geral começa com..........e termina com........
Não demorou, Joãozinho, muito vivo e agitado entrega a sua.
 E com ela, sua resposta mais que lógica:
-Uma fábula começa com letra maiúscula e termina com ponto final.
Poderia a professora tomar sua resposta como erro?
 Ou seria melhor admitir, por parte do aluno vivaz, a mais absoluta lógica, indiscutível e inegável e tratar de pensar se sua questão, deixou mesmo margem a interpretações abertas a muitos sentidos?


quinta-feira, 1 de março de 2012

O que é "frágil"???



Beto tem 5 anos. Os pais lhe prometeram um irmãozinho que iria chegar mais no fim do ano, com quem ele iria brincar muito, etc. etc. e tal. Infelizmente, o irmãozinho chegou aos 6 meses de gestação, pesando 700 gramas, ficou por 5 meses na UTI, entre a vida e a morte, até que, finalmente, o pequeno bebezinho pôde vir prá casa. Traumatizados, os pais montaram um aparato bélico prá receber o nenen, babá, enfermeira, fisioterapeuta, visitas controladas, etc. e tal. Foi explicado ao Beto, pelo pai, que o irmãozinho era muito frágil e ele teria de lavar bem as mãos, todas as vêzes que quisesse tocar nele. Outro dia, depois de jogar futebol no parquinho, lá vem o Beto coberto de sujeira, suor e esfolados nas canelas, encontra o irmão no berço chorando pela mamadeira que custava a vir. Um dedinho sujo foi posto na boquinha do nenen que o chupou gulosamente. Em pânico, o pai botou nosso herói de castigo em um canto da sala, berrando:
-"Eu já não lhe expliquei mil vêzes que seu irmão é uma criança frágil?"
Após algum tempo de lágrimas, quando foi autorizado a sair do castigo, ele correu prá cozinha e perguntou prá empregada:
-"Carmem, o que é "frágil"?
 Espantada ela respondeu:
-"Ora, Beto, frágil é uma coisa que se quebra atoa."
Aí, ele pensou um pouco e falou:
- "Quer dizer que se eu tocar no meu irmão ele quebra?"

As crianças, se ainda lhe faltam recursos simbólicos, costumam tomar 'ao pé da letra ' o que lhes dizemos. Atenção!