Esta historinha me foi enviada por uma tia-avó de muito
boa escuta, ligada que é, nos ditos das crianças e no reparo que elas podem
fazer as incongruências cometidas pelos adultos cujo discurso as vezes se opõe
aos seus movimentos...
“ Beto estava ficando muito agressivo, enciumado com toda aquela paparicação
com o irmãozinho recém nascido.
Vai daí, que do alto da minha sabedoria
psicológica, aconselhei aos pais que valorizassem o fato de ele já estar crescido,
de poder fazer tantas coisas com o papai: jogar futebol, nadar, passear,
conversar; coisas que o nenê ainda não sabe fazer, etc. e tal.
Só que,
suspeito que eles carregaram nas tintas.
Logo depois do Natal, fomos para um
Clube, na Barra e enquanto toda a família, dentro da piscina, encontrava um
alívio para o calor sufocante, o Beto saiu caladinho e resolveu explorar o
Clube sozinho.
Minha irmã, a avó, percebeu e resolveu segui-lo para que ele não
se perdesse ou aprontasse alguma. Vários minutos de caminhada, entra e sai,
sobe e desce, minha irmã firme na sua cola.
Então, ele chamou-a no cantinho e
falou:
-"Vovó, não fica me seguindo
desse jeito que vão pensar que sou uma
criança pequena!"
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