
De novo, sempre, mineiros e montanhas...uma fazenda.
Comida boa, aconchego do fogão de lenha, clima frio, tudo bem.
O menino inapetente, ou melhor, bem exigente, que escolhe demais o que deixa entrar ou não, o que deixa passar ou não, para dentro de si.
Com certeza, as vezes incômodo, pois muitos se metem a insistir mais ainda, quando ele recusa algum tipo de comida. E isso acaba sendo frequente.
Oferecem, ele recusa.
Oferecem ele recusa.
Até que a tia, já perturbada, diz a ele:
- Pelo amor de deus, menino!Não faça mais isso. Tá ficando chato! A cozinheira tão boa, a comida tão gostosa! Por favor, seja educado! Da próxima vez em que ela te oferecer alguma coisa, aceite!
-Tá bom, tia..!
Ato contínuo, a cozinheira orgulhosa de seus petiscos chega com um pratinho de doce de leite.
-Quer, querido?
- Ahammm...diz o garoto olhando pra tia.
Vapt vupt, doce de leite no prato e a tia de olho, esperando a colherada do garoto. Ele obedientemente põe um cadinho do doce na boca e a fecha com cuidado, sem nem um movimento mais. A tia curiosa o observa, bochecha cheia, e nem um movimento de deglutição.
Vem então a cozinheira e diz:
-E aí? Gostou?
Boca aberta, pra não sentir nenhum gosto...tentando falar sem mover a língua, o garoto diz, ou quase, tão difícil era a tarefa:
-GORRRRTEI....MAR QUÉ CURRRRPI !
Não houve como não constatar! O cara era mesmo voluntarioso!
Não iria meeesmo engulir qualquer coisa, a não ser que desejasse!!!