domingo, 23 de maio de 2010

Como nascem os bebês?






Diguinho observava mamãe passar roupinhas de bebê.
Algumas tinham sido dele, quando neném.
 Mamãe estava enorme! Que barrigão!
Será que o neném seria do tamanho de uma bola de futebol? De basquete? Daquelas bolas grandonas de praia?

E ali ficava Diguinho imaginando coisas.
E se nascesse um cachorrinho?
Seria bem mais legal, porque ele poderia dar nome, mandar, cuidar e brincar o tempo todo!
 Num instante estaria grande e ainda tomaria conta dele!
Também tinha outra vantagem: se ele não gostasse ou achasse muito feio, ou muito chato, poderia dar para um amiguinho!
É, pensava, mas não costumava nascer cachorrinho, filhote de gente!
De gente, nascia gente!
Será que seria tão bonitinho que papai e mamãe nem se lembrariam mais dele?
Nestas horas ficava preocupado e triste.
 Noutras, pensava que poderia ter uma companheirinho de brincadeiras, melhor que o irmão mais velho que, de vez em quando, lhe dava uns cascudos!
De repente lhe ocorreu perguntar à mamãe, ocupada com as roupinhas, perdida nos seus próprios pensamentos:

- Mamãe, como é que os bebês nascem?

Mamãe, querendo ser boa mãe, explicou-lhe direitinho tudo.
 Que os bebês saiam da mamãe de duas maneiras...
Ou por um buraquinho apropriado que as mamães tinham ou por uma operação que os médicos faziam, se fosse necessário, na barriga delas, etc,etc.
Diguinho, boquiaberto acompanhava todas as explicações sem comentários, em absoluto silêncio.
Mas então, surpresa!
Mamãe olhou para ele e ficou esperando sua reação ou alguma palavra como resposta.
Foi aí que Diguinho faz a outra pergunta:
-Não, mamãe! Não era isso que eu estava querendo saber!
Queria saber era o seguinte:
-Como o neném nasce? DE ROUPA OU PELADO?
Mamãe não acreditou! Tantas explicações e ele queria saber era isso?
- Por isso, então que você está passando estas roupinhas? Porque o neném nasce pelado?
Mamãe ficou desconfiada de que ele queria saber era de tudo, mas, enfim, cada criança arranja seu jeito de saber das coisas!


Um comentário:

  1. Nada melhor do que esses enganos entre os sabereres! As mães que se adiantam na posição das supostas sabichonas e as crianças que perguntam de um lugar supostamente ingênuo! É aí que mora o delicioso desencontro que nos autoriza soltar uma boa gargalhada!

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