quinta-feira, 3 de julho de 2014

Claro!!! O que é claro para as crianças... nem sempre o é para os adultos!


Francisquinho, 8 anos, foi levado à psicóloga da escola pelos pais, que se preocupavam com sua agitação.
 Embora muito vivo e inteligente, deixava a desejar no seu rendimento escolar.
 Ainda bem. Deixar a desejar...
 Trata-se de  deixar em movimento um espaço importante na vida: o desejo.
A psicóloga, cuidadosa com seu trabalho, inicia uma conversa com Francisquinho.
-O que está acontecendo, Francisquinho?
-Não sei...
-Você come bem?
-Sim.
-Dorme bem?
-Sim
-Dorme sozinho?
-Uai! Claro!
E, para espanto da psicóloga:
 -AINDA NÃO SOU CASADO!!!

quinta-feira, 22 de maio de 2014

Filosofia precoce...Taquara ou/e bicho-pau?




Jamais esperaria ouvir de uma criancinha de 3 anos e meio, semelhante afirmativa!
Já conto a vocês.
Curioso em conhecer um bichinho ao qual fora recentemente apresentado pelo pai, o bicho-pau, Rafinha se interessou em saber de suas características. Onde ficava, por quê e qual a função de se agarrar à madeiras, no que foi fartamente informado pelo pai."Ele se disfarça, para se defender, fazendo de conta que é um pau, um graveto e se agarra a uma planta, um caule, um pau qualquer".É um inseto herbívoro e totalmente inofensivo. Nas cidades, pode ser encontrado em goiabeiras. Tem um ótimo disfarce contra predadores.Uma curiosidade sobre o bicho-pau é o seu andar, ele anda devagar e se balançando, assim ele simula um galho (ou folha) acariciado pelo vento.
E, caminhando pelo parque, olhinhos atentos, Rafinha procurava com empenho se encontraria um bicho-pau agarrado nos bambus que faziam o caminho mais fresco. Até que solta essa:
- Pesadelo de taquara é  bicho-pau!
Filosofia de criança , fruto de elaboração, que será que está nos fazendo pensar?
Taquaras ou bicho-pau, que seremos nós? Que posição a nossa?  Em que momentos e por quais razões? 
Há de haver sempre nesta vida, taquaras e bichos-pau?


sexta-feira, 4 de abril de 2014

O passado...o que será?



Um menininho brinca distraído da vida e resolve convocar o pai ao seu brinquedo. Chama-o pelo nome, quem sabe para torná-lo, na brincadeira de seus 3 aninhos, um amiguinho participante:
- Léo!
E o pai:
-Léo é passado. Me chame 'papai'. Sou o papai.
-?????
E o menininho se recoloca, a partir do papai:
-Papai?  Brinca comigo?
Passa-se o tempo. Muitos dias depois, o menininho se chega ao pai e pergunta:
-Papai, e o meu passado? Qual é? Gostaria tanto de conhecer o meu passado...!!!

Não se interpreta um pai. A um pai, ouve-se.


sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

Ser príncipe é muito difícil!!!



Brincavam menininho e menininha num parque, logo após um breve conhecimento, o que não atrapalhava em nada que eles já se propusessem uma espécie de relação amorosa.
Convencionaram chamar-se de Rapunzel, ela, e José, ele. Certo é que já haviam assistido ao filme onde Rapunzel, encerrada na torre, por excesso de zelo da mãe-bruxa, era visitada, sem que a mãe soubesse, pelo belo José. E a brincadeira acontecia alegremente com a competência de cada um, saltitantes, José e Rapunzel!
-Rapunzel! chamava ele e a menininha atendia
- Que foi, José?
E assim iam até que a menininha, não satisfeita, propôs:
-Você poderia ser Príncipe!
Foi então que o menininho, preocupado, disse:
-Ah...não! Ser "príncipe" é muito difícil!
E continuaram a brincar muito bem, José e Rapunzel...
Com certeza aí se delineiam as dificuldades entre homens e mulheres, especialmente pelo que elas esperam e propõem! E pelo papel idealizado que a eles cabe representar!