domingo, 23 de maio de 2010

A menina que canta, encanta!



Ela nasceu cantando.

Seu primeiro choro foi tão lindo que parecia uma melodia suave de fazer dormir

Uma verdadeira canção de ninar, que até ela mesma dormia..

Poulette, que queria dizer, carinhosamente, franguinha, encantava a todos com sua suavidade.

Sorria, balbuciava.

Seus “gugu-dadá” eram diferentes de todos os que já tinham sido ouvidos desde que o mundo era mundo e existiam bebês. Eram música.

Todos se acotovelavam para olhar e ouvir Poulette.

Se ela estava alegre, cantava.

Se estava triste, cantava.

Ouviu a avó, um dia, dizer que: “Quem canta seus males espanta”.

Aí mesmo é que cantava! Quando estava com medo, quando estava com raiva.

Sempre, sempre, sempre.

Só mudava a melodia.

Mais animada,

mais lenta,

mais triste,

mais saltitante,

mais suave,

dependia do dia e do humor.

O que Poullete foi descobrindo é que cantar era seu modo de falar.

E sua voz foi despontando, clara, límpida, firme, bonita.

Poulette também admirava quem era cantora e ficava horas sonhando em um dia cantar para muitas pessoas e fazê-las felizes.

Treinava no karaokê da casa da vovó, sempre que podia. Até começou a aprender piano!

Ela sonhava e sonhava.

Cantava e cantava.

Cantar era também um modo de dizer seu sonho.

E se um sonho tem muita força, qualquer dia ainda iria se realizar!

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