domingo, 12 de dezembro de 2010

Borboleta Pequenina, canção lindinha para dizer "Feliz Natal" !!!

domingo, 5 de dezembro de 2010

"Bigada", papai!


A menininha adoentada, um pouco febril, talvez angustiada com alguma coisa, chorava sem parar no colo da mãe.
 A mãe, talvez febril, mas de outra febre, afligia-se com o choro da pequenina, por não saber o que fazer para atendê-la e também chorava.
A pequenina, entre rios de lágrimas, no colo da mãe, gritava:
- Eu quero a minha mãe! Eu quero a minha mãe!
A mãe, sem entender o que se passava dizia tentando acalmá-la:
-Mamãe está aqui com você, mamãe está aqui!
Nada tranqüilizava o choro da garotinha de dois anos. E ela continuava:
- Eu quero a minha mãe! Eu quero a minha mãe!
Imaginem a angústia da mãe, que não se sentia reconhecida naquela hora!
Até que chegou o papai, que, vendo a cena terrível, as duas, mãe e filha chorando e aquele escarcéu aparentemente sem sentido, tomou a filhinha nos braços, carinhosa, mas firmemente e levou-a para o quartinho dela. A mãe fez menção de acompanhá-los, mas o pai a impediu:
-Deixa comigo!
A mãe chorosa, mas confiante, se afastou.
O pai pediu que lhe entregassem o pratinho de sopa que a criança recusava, sentou-se ao lado dela e disse:
-Agora chega. Pare de chorar e coma.
Ela, soluçando, foi se acalmando e pouco a pouco, nas mãos dele, tomando sua sopinha às colheradas, regadas das últimas lágrimas que lhe restavam.
Terminada a sopa, o pai deitou-a na caminha, cobriu-a, beijou-a e disse a ela que dormisse. Foi então que, para surpresa de todos a pequenina, tão pequenininha, olhou-o com carinho e disse:
- "Bigada", papai!
O pai:
-Quê? "Bigada" por quê?
-“Bigada por que você não "enta" no jogo!”
Sob o olhar espantado do pai, fechou os olhinhos e adormeceu.